terça-feira, 25 de junho de 2013

"História do Riso e do Escárnio", de Georges Minois

Leia abaixo a introdução do livro "História do Riso e do Escárnio", do historiador francês Georges Minois:

 Introdução


Estudado com lupa há séculos, por todas as disciplinas, o riso esconde seu mistério. Alternadamente agressivo, sarcástico, escarnecedor, amigá-vel, sardônico, angélico, tomando as formas da ironia, do humor, do burles-co, do grotesco, ele é multiforme, ambivalente, ambíguo. Pode expressar tanto a alegria pura quanto o triunfo maldoso, o orgulho ou a simpatia. É isso que faz sua riqueza e fascinação ou, às vezes, seu caráter inquietante, porque, segundo escreve Howard Bloch, "como Merlim, o riso é um fenômeno liminar, um produto das soleiras, ... o riso está a cavalo sobre uma dupla verdade. Serve ao mesmo tempo para afirmar e para subverter". Na encruzilhada do físico e do psíquico, do individual e do social, do divino e do diabólico, ele flutua no equívoco, na indeterminação. Portanto, tem tudo para seduzir o espírito moderno.

Fenômeno universal, ele pode variar muito de uma sociedade para outra, no tempo ou no espaço. Já em 1956, Edmund Bergler, em Laughter and sense of humour, apontava mais de oitenta teorias sobre a natureza e a origem do riso, e a lista prolongou-se depois. Se os etnólogos e os sociólogos exploraram largamente a panóplia geográfica do riso, os historiadores só recentemente se interessaram pelo fenômeno. Como sempre, preocupações ideológicas estavam na origem das investigações.

domingo, 23 de junho de 2013

História do Riso e do Escárnio

George Minois

Estudado durante séculos pelas mais diferentes disciplinas, o riso ainda guarda um grande mistério. Da gargalhada solta dos carnavais medievais à fina ironia dos romancistas vitorianos, a história do riso pode revelar os dilemas de cada época. Neste trabalho de fôlego, Georges Minois enfrenta com bom humor a grande tarefa de criar uma história para o que os antigos gregos consideravam uma das maiores virtudes humanas doadas pelos deuses.

Informação bibliográfica: MINOIS, Georges. História do riso e do escárnio. Trad. Maria Elena O. OrtizAssumpção. São Paulo: UNESP, 2003.

Sobre o autor

Georges Minois, Professor de História, é membro do Centre International de Recherches et d’Études Transdisciplinaires (CIRET). Historiador conhecido e prestigiado é autor de numerosa obras, nomeadamente, História dos Infernos, História do Suicídio, História da Velhice no Ocidente, História do Ateísmo, História do Futuro, As Origens do Mal, todas elas já publicadas na Teorema.




Fonte:  

sexta-feira, 21 de junho de 2013

O riso grotesco em forma de paródia


Grotesco crítico, segundo Muniz Sodré

O grotesco dá margem a um discernimento formativo do objeto visado. Ou seja, não propicia apenas uma privada percepção sensorial do fenômeno, mas principalmente o desvelamento público e reeducativo do que nele se tenta ocultar. É, assim, um recurso estético para desmascarar convenções e ideais, ora rebaixando as identidades poderosas e pretensiosas, ora expondo de modo risível ou tragicômico os mecanismos do poder abusivo. Muitas vezes, esse recurso assume as formas de caricatura, obtendo efeitos de inquietação pela surpresa e pela exposição ridicularizante das situações estabelecidas. (SODRÉ; PAIVA, p. 69, 2002).

A equipe brasileira de humor denominada "Galo frito" faz sucesso no YouTube com a produção de paródias de músicas famosas mundialmente. O alvo do grupo está geralmente associado à crítica a produtos e serviços oferecidos por empresas de grande porte. Na paródia a seguir, os humoristas imitam de maneira grotesca a música “Scream and Shout” do Will.I. Am  e Britney Spears com a finalidade de criticar as redes de  Fast food através do trocadilho "Big Merda". 



terça-feira, 18 de junho de 2013

O mundo do grotesco no Intercom: estudante apresenta artigo sobre o Programa do Mução durante congresso em Mossoró - RN


Aconteceu entre os dias 12 e 14 de junho, na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), em Mossoró o XV Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste. O evento promovido pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), teve dentre os trabalhos apresentados um artigo produzido pela estudante Mirian Oliveira, bolsista de Inciação Científica. Intitulado "A Estética do Grotesco Presente no Quadro Radiofônico Pegadinha do Mução". O texto foi orientado pelo Prof. Dr. Antônio Francisco Ribeiro de Freitas, que também participou do evento.

domingo, 16 de junho de 2013

O Riso Ensaio - sobre a Significação da Comicidade

Henri Bergson



O que significa riso? O que há no fundo do risível? O que haveria de comum entre uma careta de palhaço, um jogo de palavras, um qüiproquó de vaudeville, uma cena de comédia fina? Que destilação nos dará a essência, sempre a mesma, da qual tantos diferentes produtos extraem indiscreto odor ou delicado perfume? Os maiores pensadores, desde Aristóteles, estiveram às voltas com esse probleminha, que se sempre se esquiva aos esforços, escorrega, escapa e ressurge, impertinente desafio lançado à especulação filosófica. Nossa escusa, para abordar o problema, é que não teremos em vista encerrar a invenção cômica numa definição. Vemos nela, acima de tudo, algo vivo. Por mais ligeira que seja, nós a trataremos com o respeito que se deve à vida.


Razoável, a seu modo, até em seus maiores desvios, metódica em sua loucura, sonhadora, se me permitem, mas capaz de evocar em sonhos visões que são prontamente aceitas e compreendidas por toda uma sociedade , por que a invenção cômica não nos daria informações sobre os procedimentos de trabalho da imaginação humana e, mais particularmente, da imaginação humana e, mais particularmente, da imaginação social coletiva, popular? Oriunda da vida real, aparentada com a arte, como não nos diria ela também uma palavra sua acerca da arte e da vida?

Sobre o autor


Henri Bergson  foi um filósofo e diplomata francês. Conhecido principalmente por Ensaios sobre os dados imediatos da consciência, Matéria e memória, A evolução criadora e As duas fontes da moral e da religião, sua obra é de grande atualidade e tem sido estudada em diferentes disciplinas - cinema, literatura, neuropsicologia, bioética, entre outras. Recebeu o Nobel de Literatura de 1927.

Nascimento: 18 de outubro de 1859, Paris, França
Falecimento: 4 de janeiro de 1941, Paris, França

Obras: Cursos sobre a filosofia grega, A Energia Espiritual, Memoria e Vida: textos escolhidos, Material e  Memória: ensaio sobre a realação do corpo com o espírito, A intuição filosófica, Ensaio sobre os dados imediatos da consciência, O riso: ensaio sobre a significação da comicidade, A evolução criadora.

 

Fonte:

 http://www.skoob.com.br/livro/34491-o_riso

http://pt.wikipedia.org/wiki/Henri_Bergson

sexta-feira, 14 de junho de 2013

O grotesco chocante: humor negro no cinema

O grotesco emerge como uma alternativa temas dramáticos e proibidos em sociedade. Chocar por meio de imagens pode trazer mais reflexões do que a simples exposição de fatos.

Falar sobre suicídio e os motivos que levam alguém a tal ato é uma missão difícil, visto que o tema é dramático e doloroso para muitos que enfrentaram este problema em casa. A prática é também abolida dos noticiários, pois sua divulgação pode encorajar outros a tentar acabar com a própria vida.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Intercom Regional 2013




Foto: Divulgação
Alunos e professores do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Alagoas partiram neste terça-feira (11) para o XV Congresso de Comunicação Social do Nordeste (Intercom), que acontece entre dos dias 12 e 14 de junho, na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, em Mossoró. O evento tem como  objetivo de reunir estudantes e pesquisadores da área da comunicação para divulgar e discutir temas relevância na área. Este ano o tema escolhido foi “Comunicação em tempos de redes sociais: afetos, emoções, subjetividades”. 

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Kittiwat Unarrom e sua maneira diferente de preparar pão


Kittiwat Unarrom e seus pães "cadáveres". Foto: google.

 O grotesco é uma categoria estética que tem por finalidade provocar medo, espanto e na maioria das vezes, riso. Mas também outra sensação muito incômoda: o nojo, o enjoo enfim, a repulsa.

Agora imagine entrar em uma padaria e ao invés de comprar pão levar para casa corpos mutilados. Esta foi a ideia de Kittiwat Unarrom, um padeiro tailandês que, para aumentar as vendas, criou bolos, pães e doces em forma de partes de corpos humanos.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Relatório Parcial PIBIC 2012-2013

 

PRINCIPAIS RESULTADOS OBTIDOS DURANTE O PRIMEIRO 

SEMESTRE DA PESQUISA


Os resultados apresentados a seguir foram obtidos nos primeiros meses de pesquisa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), intitulada Programa do Mução: o império do riso grotesco e cruel nas ondas do rádio, e caracterizam-se por estudos bibliográfico e documental acerca do grotesco e suas manifestações enquanto categoria estética, utilizando como referenciais teóricos as principais obras de Muniz Sodré e Raquel Paiva (2002) e Mikhail Bakhtin (1987). A pesquisa também foi acompanhada da produção de resenhas críticas referentes às obras estudadas e da gravação e decupagem de um quadro completo das “Pegadinhas do Mução” para a posterior análise.
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